Muitas vezes o comércio tem sido atacado como se aproveitando do dia dedicado às mães, para dele tirar o proveito financeiro. Certamente há nisto alguma razão. O Dia das Mães não deve ser do comércio. Mas alegrar aquelas que santamente se dedicam ao trabalho de embalar o berço, deve ser um privilégio do coração agradecido. E se, para esta alegria um lindo presente é escolhido como expressão de simpatia e amor, que mal há nisto? Há um outro caso bem mais sério. Todas as mães merecem esta homenagem? Quer dizer, aquelas que fazem uso do álcool e são vistas nas ruas e em todas as partes com cigarro nos lábios: E aquelas que abandonaram seus filhos às portas alheias, depositaram-nos em latas de lixo, deram-nos para que fossem criados por mãos estranhas: Por que tantos filhos a preocupar as autoridades constituídas? Por que entre os assaltantes, ladrões, arrombadores, assassinos e autores de outras tantas falcatruas encontramos exatamente jovens? Milhares de mães deram bons conselhos a seus filhos, mas deram-lhe igualmente péssimos exemplos. E quantas lágrimas de tristeza e dor estes exemplos têm causado à humanidade de nossos dias. Homens sem Deus, almas sem rumo no caos da vida. Mas por outro lado, tem havido filhos ingratos, perversos e maus que têm transpassado com muitas dores o coração materno. Um destes infelizes, depois de causar tantas amarguras, abandonou o lar, embrenhando-se no mundo. Passados alguns anos, escreveu uma carta à sua mão nestes termos: "Mãezinha, passarei no trem num destes dias. Caso me tenha perdoado, coloque uma bandeirinha branca na copa da árvore da frente de casa. Ao passar a verei e descerei. Caso não a veja, seguirei viagem e nunca mais voltarei..." A mãe preparou centenas de lenços brancos e os atou como bandeirinhas pela árvore toda. Quando o filho passou, viu com lágrimas aquele quadro, indicando o perdão da mãe. Mãe, os poetas do passado glorificam o teu nobre e majestoso título, e o fazem na cadência dos versos e na harmonia das frases. Prosadores sublimam em emocionantes quadros que nos enlevam no ideal do lar e na glória da maternidade. Mãe, refugia-te no porto da fé em Deus e traga das profundezas do amor divino a força que precisas para a tua missão, a fim de que o mundo tenha homens que possam te proteger da fúria de uma sociedade sem Deus e sem amor. Helmuth Matschulat
Nenhum comentário:
Postar um comentário